MOZ IN Entrevista Alexandre Franco

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Como avalia a competitividade dos portos de Moçambique?

Apesar dos portos moçambicanos serem considerados ainda por muitos como sendo portos excessivamente caros, a empresa que está presente neste mercado há mais de 5 anos, tem verificado durante este período verdadeiras melhorias no que se refere à competitividade dos portos, contribuindo para isso em grande parte as inúmeras infra-estruturas criadas nos últimos anos que proporcionaram a oportunidade para que os portos pudessem prestar um serviço mais funcional, económico e eficaz. Além das infra-estruturas também os novos sistemas integrados implementados pelas Alfândegas contribuíram em muito para essas melhorias, como por exemplo a JUE (Janela Única) pois permitiu diminuir bastante o tempo de desalfandegamento das mercadorias e consequentemente aumentar assim a produtividade dos terminais.

 

Qual o tempo médio para desalfandegar uma mercadoria?

Depois de a mercadoria atracar no porto e de todo o processo documental ser apresentado, por norma a Alfândega de Moçambique dá uma resposta à uma submissão de despacho no máximo até 72 horas, no entanto com uma boa gestão e celeridade no processo é hoje possível desalfandegar e retirar do porto uma mercadoria em apenas 48 horas úteis.

 

Quanto custa em média desalfandegar uma mercadoria (percentagem em função do valor da mercadoria)?

Para uma importação definitiva em Moçambique a media do custo de desalfandegamento de uma mercadoria ronda os 34% do valor CIF da mercadoria, isto dependendo sempre do tipo de regime de importação, do tipo de material a importar e dos incentivos fiscais que o importador possa usufruir.

 

Um dos problemas mais suscitados prende-se com a obrigatoriedade dos contentores, depois de descarregarem as mercadorias, regressarem ao porto. Como ultrapassar esta questão?

O retorno dos contentores vazios ao terminal é efetivamente um dos principais problemas dos portos Moçambicanos. Pois com o acréscimo do fluxo de movimento de contentores vazios nos terminais leva ao aumento quer dos custos suportados pelo cliente final quer dos custos do próprio terminal. Além de perderem

espaço físico no terminal com este equipamento vazio vão ter de gastar mais recursos materiais e humanos nessas operações o que provoca um entrave ao tão desejável sistema funcional e eficaz dos portos.

 

Como ultrapassar essa situação?

A solução para este problema no nosso ver passaria pela utilização de terminais secos de segunda linha, como acontece com a nossa empresa, que apesar de estar na cidade fica fora da zona do imenso tráfego rodoviário do centro da cidade. Aí os camiões depois de descarregarem os contentores nas instalações dos importadores poderiam descarregá-los vazios nesses terminais de depósito e ficariam aí até serem reutilizados para embarques à exportação, onde por sua vez seriam recolhidos pelos transportadores para ir carregar as mercadorias aos exportadoras e regressavam cheios ao terminal para embarcar. Essa situação beneficiaria bastante quer os transportadores por conseguirem mais rotatividade dos camiões, como as linhas de navegação que pagavam menos armazenamento de contentores vazios e principalmente os clientes finais com a redução dos custos (Exportadores/Importadores) podendo assim aumentar a sua competitividade.

“Além das infra-estruturas também os novos sistemas integrados implementados pelas Alfândegas contribuíram em muito para essas melhorias, como por exemplo a JUE (Janela Única) pois permitiu diminuir bastante o tempo de desalfandegamento das mercadorias e consequentemente aumentar assim a produtividade dos terminais.”

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